sábado, 11 de abril de 2009

Órgãos sem sentido

Se eu tivesse mãos escreveria cartas a parentes distantes, a amigos, amantes à todos os horizontes.

Bateria bolos nos domingos de sol e faria café nos dias frios.

Se eu tivesse pés correria sobre os campos verdes... caminharia nas areias das praias e se eu fosse baixa usaria belos saltos altos em dias de festa.

Se eu tivesse olhos contemplaria o nascer do dia, os fins de tarde, o anoitecer. Se eu pudesse ver guardaria tudo isso dentro de mim.

Caíram-se invernos, verões, outonos, primaveras , mas nada fiz, nada vi porque não andei.

Trabalhei para muitas pessoas, entre folhas e papéis,

comi vários bolos muito deles com cafés,

passei por muitas praias , por campos de beleza, mas nada vi, nada fiz do que deveria ter feito.

Tudo passou tão rápido e eu não pude ver.

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